terça-feira, 10 de novembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
PESQUISA SOBRE O PERFIL DO ESCALADOR BRASILEIRO - 2009
http://www.marski.org/inicio/6-diversos-geral/210-pesquisa2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
SISTEMA BRASILEIRO DE GRADUAÇÃO DE VIAS DE ESCALADA.

terça-feira, 12 de maio de 2009
ANIMAIS PEÇONHENTOS E A ESCALADA.
Animais Peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno
que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões,
por onde o veneno passa ativamente. Ex.: serpentes, aranhas, escorpiões,
abelhas, arraias.
SERPENTES
As serpentes são animais vertebrados, carnívoros, que pertencem
ao grupo dos répteis. Podem ser classificadas em dois grupos básicos:
as peçonhentas, que são aquelas que conseguem inocular seu
veneno no corpo de uma presa ou vítima, e as não peçonhentas,
ambas encontradas no Brasil, nos mais diferentes tipos de habitat,
inclusive em ambientes urbanos. A serpente peçonhenta é definida
por três características fundamentais: presença de fosseta loreal; presença
de guizo ou chocalho no final da cauda; presença de anéis
coloridos (vermelho, preto, branco ou amarelo).
GÊNERO: Bothrops
Jararaca (Bothrops jararaca)
Coloração esverdeada com desenhos semelhantes a um “V” invertido,
corpo delgado medindo aproximadamente 1m. Sua picada causa
muita dor e edema no local, podendo haver sangramento também
nas gengivas ou em outros ferimentos pré-existentes. É encontrada
nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Cruzeira (Bothrops alternatus)
Coloração marrom escuro, possui desenhos em forma de gancho de
telefone. Mede aproximadamente 1,5m. Encontrada em vegetação
rasteira, perto de rios e lagos ou plantações. Sua picada causa muita
dor local, podendo haver sangramento também nas gengivas ou em
outros ferimentos pré-existentes. É encontrada nos Estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás,
São Paulo e Minas Gerais.
O gênero Bothrops é encontrado principalmente em zonas rurais e
periferias de grandes cidades, preferindo ambientes úmidos como
matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação
de roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha). O acidente
botrópico é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos em
nosso país.
Cascavel (Crotalus durissus)
Coloração marrom-amarelado, corpo robusto, medindo aproximadamente
1m. Apresenta chocalho na ponta da cauda. Após a picada,
o paciente apresenta visão dupla e borrada e sua face se apresenta
alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento). A urina pode se
tornar escura de 6 a 12 horas após a picada. É encontrada nos Estados
de Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Tocantins, Ceará, Piauí,
Paraíba, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Goiás.

Gênero: Micrurus
Coral Verdadeira (Micrurus frontalis)
Possui anéis vermelhos, pretos e brancos ao redor do corpo, medindo
entre 70 e 80cm. Se esconde em buracos, montes de lenha e
troncos de árvores. Após a picada, o paciente apresenta a visão
dupla e borrada, a face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto
sonolento), dores musculares e aumento da salivação. Insuficiência
respiratória pode ocorrer como complicação do acidente. É
encontrada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Goiás, Tocantins e Bahia.
Gênero: Lachesis
Surucucu (Lachesis muta)
Também conhecida como pico-de-jaca. A cauda apresenta escamas
eriçadas como uma escova. É a maior das serpentes peçonhentas das
Américas, atingindo até 3,5m. São encontradas apenas em áreas de
floresta tropical densa, como a Amazônia, pontos da Mata Atlântica
e alguns enclaves de matas úmidas do Nordeste.
Tratamento
O tratamento consiste na administração, o mais precocemente possível,
do soro antiofídico, distribuído gratuitamente pelo Ministério
da Saúde para todos os hospitais, postos de atendimento médico.
Medidas Preventivas
• Usar botinas com perneiras ou botas de cano alto no trabalho,
pois 80% das picadas atingem as pernas abaixo dos joelhos.
• Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem; não
colocar as mãos em buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros,
utilizando para isso um pedaço de pau ou enxada.
• Examinar os calçados, pois serpentes podem refugiar-se dentro
deles.
• Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos.
• Limpar as proximidades das casas, evitando folhagens densas
junto delas.
• Evitar acúmulo de lixo, entulhos e materiais de construção.
• Avaliar bem o local onde montar acampamentos e fazer piqueniques.
• Preservar inimigos naturais (raposa, gambá, gaviões e corujas)
e criar aves domésticas, que se alimentam de serpentes.
• Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicações de
sua região.
Ligação Gratuita
0800 780 200
0800 410 148
0800 148 110
0800 284 4343
0800 643 5252
0800 771 3733
FONTE: FIOCRUZ
sexta-feira, 8 de maio de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Consciência verde. Gary Snyder, defensor de uma vida mais simples e próxima da natureza.

Gary Snyder foi um dos principais gurus da geração beat, movimento de contracultura que marcou os Estados Unidos a partir da década de 1960. A vanguarda comportamental continuaria após os encontros com o budismo e com a cultura indígena descobertas que deram nova direção aos projetos desse poeta e ecologista, hoje voz da luta ecológica e ativista na busca por um mundo sustentável.
Em seus livros e palestras, Snyder alerta sobre a necessidade de restaurarmos o mundo natural do qual nos afastamos. O poeta vive com sua mulher em uma floresta nas montanhas de Serra Nevada, no norte da Califórnia. O casal partilha, entre outras coisas, a paixão pela natureza. Na construção da casa, erguida 35 anos atrás, os dois utilizaram troncos e pedras encontrados na região. “Trabalho a terra com minhas mãos, minha mente e meu coração diariamente”, conta Snyder.
No momento trabalha em seu novo livro,De Volta ao Fogo, sobre espiritualidade, literatura e ecologia. E afirma, categoricamente, que não precisa de muito para viver.
O que é consciência ecológica para você?
O termo “consciência social” surgiu da preocupação com a saúde e a justiça da humanidade. Precisamos, de fato, nos preocupar com as desigualdades da nossa ordem social e com o sofrimento de alguns de nossos irmãos. Já a consciência ecológica é a preocupação com todos os seres,todas as espécies,todos os habitats e ecossistemas complexos que constituem o mundo orgânico. A consciência ecológica é a extensão de uma preocupação moral que vai além das estreitas fronteiras humanas.
E de onde vem essa sua idéia de êxodo urbano? O campo está preparado para receber as pessoas de volta?
Chamei isso de re-habitação, um conceito que, às vezes, eu mesmo acho que parece ficção científica. Mas, quando olho para a realidade ao meu redor, sinto que meu raciocínio faz sentido: caminhando nesse ritmo, haverá um tempo futuro em que seremos obrigados, por causa do colapso ambiental, a deixar as cidades e os subúrbios, voltando para os campos.As pessoas vão voltar a viver com simplicidade e ecologicamente, desenvolvendo uma intenção sincera de estar ali por muitos milhares de anos, mantendo práticas verdes e sustentáveis.
Enquanto isso não acontece, como conseguir viver bem e aliviar a tensão típica de quem mora nos grandes centros?
Não assista a tantos programas de televisão, coma alimentos saudáveis, durma bem, acorde cedo, respire profundamente, faça exercícios, medite, cuide das necessidades da sua família, dê atenção aos seus amigos e a todas as pessoas. Olhe mais para o céu e para as águas correntes, escute os insetos e os pássaros e agradeça ao universo visível e invisível, sempre. Já é um bom começo. É importante lembrar também que cidades são apenas grandes vilarejos próximos de rios ou de mares. Precisamos amá-las mais.
Mas e quanto ao ambiente em si, não há nada que possamos fazer para tentar evitar esse colapso que você cita?
Claro que há. Uma boa arquitetura urbana, por exemplo, pode fazer uma grande diferença de preferência, se ela estiver aliada a um planejamento urbano verde. Eu ganhei um vídeo sobre a cidade brasileira de Curitiba, onde parece que as pessoas deram alguns passos na direção de tornar a cidade melhor para se morar.
E hoje em dia, mesmo uma pessoa acostumada ao conforto das grandes cidades conseguiria se adaptar ao campo? Não existe o risco de devastação das paisagens naturais caso esse retorno bucólico ocorra?
É tudo conciliável. Graças à tecnologia e ao conhecimento de que dispomos atualmente, é possível viver com conforto e sem agredir tanto a natureza. Veja o nosso caso: vivemos num lugar ermo, onde não há rede elétrica. Então dependemos de painéis solares, grandes baterias e um gerador para fornecer a eletricidade, recurso que aprendemos a não desperdiçar nunca deixamos uma luz acesa à toa, mesmo as crianças agem assim, espontaneamente. Não usamos ar-condicionado, esquentamos nossa casa com lenha, recolhida do chão da floresta. Usamos roupas quentes no inverno e quase nenhuma roupa exceto colares de contas e brincos no verão.
Mas há espaço para esse estilo de vida? As pessoas estão interessadas em viver de forma tão diferente?
Sinceramente, acredito que sim. Sou constantemente convidado a dar palestras sobre questões ambientais: falo de florestas, vida selvagem, e também sobre as grandes questões das economias globalizadas e o imperialismo do mundo desenvolvido. Defendo a sobrevivência das culturas indígenas em todos os lugares povos que mantêm o estilo de vida que considero adequado. Aproveito essas ocasiões para mostrar que nossa preocupação ética não pode ficar limitada aos seres humanos, mas deve ser estendida a todas as espécies. O princípio judaico-cristão “não matarás” apenas se refere aos seres humanos. Está na hora de englobar a natureza.
Você também teve contato com o xamanismo e com plantas de poder. O que essas experiências lhe ensinaram sobre a natureza?
Tive algumas experiências com xamanismo em Turtle Island, onde conheci um guia em experiências espirituais. Experimentei o cogumelo psilocybe e o cacto peyote. As plantas de poder foram sempre muito instrutivas. O que quer que sejam em seus caminhos complexos, mostraram verdades escondidas dentro de mim.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Para Escaladores contundidos, dias chuvosos...
http://www.makaimedia.com/games/game_frame.aspx?gid=27
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Um esporte ameaçado.
Um esporte ameaçado.
Por André Ilha (*)
Praticado eventualmente no Brasil desde o século 19, o montanhismo, termo que engloba caminhadas e
escaladas em rocha, ganhou impulso entre nós com a histórica conquista do Dedo de Deus, em Teresópolis
(RJ), em 1912, feito que teve repercussão nacional à época. Pouco depois, em 1919, era fundado o Centro
Excursionista Brasileiro, primeira agremiação do gênero em toda a América Latina, e desde então o esporte
vem crescendo de forma ininterrupta, reunindo hoje milhares de adeptos que o praticam, como norma geral,
dentro de elevados padrões técnicos. Boa parte desses montanhistas encontra-se filiada a dezenas de
clubes, quatro federações estaduais e, agora, também à Confederação Brasileira de Montanhismo e
Escalada (CBME), todos imbuídos do propósito de difundir o esporte dentro de padrões de segurança que
nada devem aos mais avançados centros de escalada em todo o mundo.
Além disso, os montanhistas, também como norma geral, possuem elevada consciência ecológica e,
cientes do impacto que a presença humana pode causar nos ambientes naturais, desenvolveram, em
parceria com o Ministério do Meio Ambiente, um conjunto de recomendações para a prática do chamado
montanhismo de mínimo impacto. Por amor às montanhas que freqüentam, eles se engajaram diretamente
na luta pela criação de muitas unidades de conservação importantes em maciços rochosos como, por
exemplo, o recém-criado Monumento Natural Municipal do Pão de Açúcar e a APA Morro da Pedreira, em
Minas Gerais, e outras mais foram instituídas por sua inspiração, como é o caso do Parque Estadual dos
Três Picos, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. E, num bem-sucedido esforço de autoregulamentação
de sua atividade, seminários de mínimo impacto em áreas específicas vêm sendo
realizados, provando ser possível conciliar o lazer com a preservação do meio ambiente. Entretanto, a
despeito do vigor apresentado por esse esporte amador que, como poucos, sintetiza a comunhão do
homem com a natureza, e da inegável responsabilidade com que ele é praticado hoje no Brasil, tanto em
termos de segurança física quanto ambiental, alguns fatos recentes têm ameaçado a sua prática tradicional,
mormente no interior de certas unidades de conservação federais.
O primeiro deles é a obrigatoriedade da contratação, em alguns parques nacionais, dos chamados
“condutores de visitantes”, moradores do entorno dessas unidades que receberam uma capacitação
superficial para levar turistas a certos destinos fáceis e pré-determinados no interior das mesmas. É
certamente desejável que tal oportunidade de emprego e renda seja oferecida aos jovens locais, mas ao
obrigar montanhistas experientes e responsáveis a desembolsar uma quantia nem sempre pequena para ter
ao seu lado um desconhecido menos experiente do que eles, que os levará a destinos repetidos e
tecnicamente inexpressivos, os gestores dessas unidades, por não tê-los distinguido de turistas citadinos
leigos, aniquilam o montanhismo de alto nível tal como ele é praticado em todo o mundo.
A existência de um serviço de condutores de visitantes opcional em parques e unidades afins parece-nos o
mais recomendável, uma vez que a grande maioria dos visitantes de fato precisa de alguém que lhes
permita tirar o máximo proveito de sua permanência, proporcionando-lhes a necessária segurança física
aliada à certeza do desfrute de certos atrativos naturais, ao passo que os montanhistas tradicionais, como
qualquer praticante dos chamados esportes de aventura, estão em busca do desafio e da dificuldade e, ao
mesmo tempo, dispostos a aceitar a incerteza de resultados que caracteriza tais atividades. Públicos
distintos, portanto, aos quais se deve proporcionar tratamento distinto, até porque o lazer é um dos objetivos
precípuos dos parques e unidades afins, conforme a lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC).
Já em outras unidades partiu-se para o estabelecimento de um sistema de concessões em princípio
bastante positivo quando se trata de serviços auxiliares, como bares, lanchonetes e venda de suvenires.
Entretanto, algumas extrapolaram, cedendo à grande pressão de empresários do setor no sentido de que a
prática de quaisquer atividades esportivas ou de lazer tenha que se dar, necessariamente, através da
contratação de uma empresa que as monopolize naquela unidade, mediante licitação. Em outras palavras,
ensaiam terceirizar não apenas os serviços opcionais, mas também o próprio uso público da unidade,
privatizando o direito constitucional de desfrute dos atrativos naturais de cada parque pelos cidadãos! Uma
vez mais a disponibilização opcional de tais serviços para os turistas inexperientes que aportam nessas
unidades aos milhares a cada ano em busca de alguma emoção configura-se como o correto – serviços
esses que, por sinal, serão melhores caso a concorrência não seja suprimida e um certo número de
operadores possam atuar simultaneamente.
Por todo o exposto, urge que as autoridades ligadas às áreas de meio ambiente, esporte e turismo avancem
juntas na compreensão de que existem duas espécies completamente distintas de usuários das unidades
de conservação. A primeira, bem mais numerosa, é a do turista convencional que, atraído pelas belas
imagens dessas áreas naturais, deseja conhecê-las de forma rápida e dirigida e que se valerá dos serviços
postos à sua disposição por guias locais ou por operadoras de turismo para maximizar os resultados de sua
visita. Já a outra, muito menor, é constituída por pessoas que buscam uma experiência mais intensa no
convívio com a natureza, envolvendo descoberta, desafio, auto-superação; pessoas dispostas a suportar a
frustração de eventuais fracassos, mas que por outro lado desfrutam as recompensas interiores
conquistadas por sua habilidade, técnica e perseverança, sem assistência externa. Isso tudo, claro, dentro
da estrita observância da legislação ambiental e assumindo plenamente os riscos inerentes a essas
atividades, o que implica isentar por completo os gestores de tais unidades, mediante termo próprio, na
eventualidade de um acidente.
No Ministério dos Esportes essa diferenciação já foi bem compreendida,e na área ambiental a atual
administração do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) vem desenvolvendo um modelo de
relacionamento com os montanhistas amadores que pode ser reputado como exemplar. Resta, contudo,
que este modelo seja devidamente apreciado e estendido a outras unidades pelo IBAMA e pelo próprio
Ministério do Meio Ambiente para que o montanhismo tradicional independente não seja banido dos
principais maciços do país, quase todos inclusos em unidades de conservação, em benefício exclusivo dos
empresários e de outros segmentos que se aproveitam comercialmente do boom dos esportes de aventura.
(*) André Ilha é montanhista, coordenador do Grupo Ação Ecológica (GAE) e foi presidente do Instituto
Estadual de Florestas do Rio de Janeiro, de janeiro de 1999 a abril de 2000 e de abril a dezembro de 2002.
Este artigo foi originalmente publicado na Seção “Opinião” de O Globo Online http://oglobo.globo.com/, em
14/08/06.
Fonte: http://www.redeprouc.org.br/artigos.asp?codigo=106
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Greenpeace pede ação climática do G20 em faixa gigante no Rio.

Nem só de CLIMB vive o homem da montanha, mas também de toda boa informação que o torne melhor...
Ativistas do Greenpeace abriram nesta quarta-feira uma enorme faixa na ponte Rio-Niterói com um apelo aos líderes do G20, que se reúnem em Londres, para que adotem medidas sustentáveis destinadas a salvar a economia e o planeta.
A faixa com a frase escrita em inglês "Líderes mundiais: o clima e as pessoas em primeiro lugar" foi instalada por 30 ativistas, utilizando técnicas de rapel, no ponto mais alto da ponte.
"O G20 tem uma oportunidade única de resolver a crise econômica e a crise climática simultaneamente, basta investir na construção de uma economia sem carbono", disse o coordenador da campanha da Amazônia do grupo, Paulo Adário, em nota publicada no site do Greenpeace Brasil.
Os líderes do G20, grupo das maiores economias do mundo, se reúnem na quinta-feira, em Londres, para debater formas de combater os efeitos da crise financeira global.
Ambientalistas, pacifistas e outros manifestantes planejam uma série de protestos na capital britânica por ocasião da cúpula.
De acordo com dados do Greenpeace, o Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa no mundo, principalmente devido ao desmatamento na Amazônia.
sexta-feira, 27 de março de 2009
MOBILIZAÇÃO CONTRA A MINERAÇÃO NA SERRA DO CIPÓ

Dia 04-04-09 Sábado
Local: Distrito Serra do Cipó.
Concentração: em frente à Padaria Cipó.
Passeata: Saída: 10:00 horas sentido BH até a ponte do Rio Cipó. Encerramento: 12:00 horas.
Para quem não sabe o Soberbo ou cachoeira do soberbo ou poço do Gigante é o maior poço de cachoeira da Serra do Cipó e uma certa mineradora pretende extrair diamantes do seu leito.
Ajude-no a salvar o soberbo, encaminhe esta mensagem aos amigos, parceiro e amantes de natureza.
Fonte das informações: Associação Circuito Turístico das Grutas
quarta-feira, 18 de março de 2009
Manifesto pela integridade do PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA

sábado, 14 de março de 2009
3° FEST TORTONS. CLASSIFICAÇÃO.
Este ano o evento contou com uma novidade, a categoria infantil.
Segue aclassificação dos atletas do 3º Fest Tortons.
INFANTIL
1. Inaiá Públio Carneiro
2. Yan Kalapothakis
3. Igor Lucas dos Santos Paulo
4. Petrus Gazzinelli Cruz Madeira
5. Alexandre Hamade
INICIANTE FEMININO
1. Maira Vilasboas
2. Patricia Antunes Silva
3. Iris Elena Foscolo
4. Mellina Kalapothakis
5. Luciene Diniz
INICIANTE MASCULINO
1. Eduardo Falconi Cheib
2. Bruno Gontijo
3. Eneas Cardoso Neto
4. Victor Angelo de Andrade Gomes
5. Paulo Henrique Lara Bianchi Brasil
6. Matteus Hamade
7. Anderson Hofman
8. Henrique Gramiscelli Branco
9. Arthur Rates de Alvarenga
10. Bruno Pereira Vieira Cuiabano
11. Antônio Jr
12. Moisés Crepaldi Guimarães
13. Guilherme Correa
14. Yannes Gazzinelli
15. Ciro Moura
16. Mateus Rodrigues Rennó
INTERMEDIÁRIO MASCULINO
1. Estevan Lins
2. Sanzo Jardim Itokawa
3. Breno Rates Azevedo
4. Alexandre Lourenço
5. Ingo Hansen Gonçalves
6. Marcelo Ferreira
7. Igor Ferreira Foscolo
8. Gabriel Paz de Almeida
9. Marcelo Crepaldi Guimaraes
10. Carlos Primo
11. Gabriel Velloso da Rocha Pereira
MASTER FEMININO
1. Anne Louise Fernandes
2. Elisa Renno Donnard
3. Branca Sales Melo Franco
MASTER MASCULINO
1. Jean Ouriques
2. Gustavo Fontes
3. Daniel Haddad
4. Juan L Ouriques
5. Rafael Pimenta (Fanfa)
6. Gustavo Veiga Olive
7. Felipe Castro Alvares
8. Daiti Hamanaka
9. Ruy Castro
10. Ian Ferreira Guimarães
11. Daniel Mendes
12. Athos Ferreira Guimarães
13. Eduardo Pimentel Filho
14. Pedro Leite
15. Felipe Rabelo
16. Carlos Eduardo Diniz
quinta-feira, 5 de março de 2009
Invasão Feminina na Urca, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

Meninas de outros estados já estão confirmando presença neste evento que a cada ano cresce. Quem quiser participar é só vir. A "invasão" será dia 08 de março de manhã e logo após terá a confraternização e a foto oficial na praia vermelha.
FONTE: altamontanha.com e blog da janine cardoso.

Nada mais contraditório do que ser mulher...
Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor... Que vive milhões de emoção num só dia e transmite cada uma delas, num só olhar. Que cobra de si a perfeição e que vive arrumando desculpas para os erros daqueles a quem ama. Que hospeda no ventre outras almas, dá a luz e depois fica cega diante da beleza dos filhos que gerou. Que dá asas, ensina voar, mas que não quer ver os passaros partir, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem. Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda que seu amor não perceba mais tais detalhes... Que, como uma feitiçeira, transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma só para ninguém notar. E ainda tem que ser forte, para dar os ombros para quem nele precisa chorar. Feliz do homem que, por um dia, saber entender a alma de uma mulher!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
CIPÓ VIVO. XI° Mutirão de Combate à Braquiária na Serra do Cipó.
O convite esta feito!
Informações: Parque Nacional da Serra do Cipó: 31.3718-7228
Curiosidades:
O projeto CIPÓ VIVO está em prática desde 2006.
A proposta é controlar a braquiária e promover a revegetação com espécies nativas na baixada do Rio Cipó.
O capim-braquiária é uma gramínea africana, trazida para o Brasil no século passado para ser estudada como planta formadora de pastagem. A espécie é muito tolerante ao pisoteio do gado, gosta de sol, tolera condições precárias de solo e foi rapidamente adotada pelos criadores de gado porque suas sementes se espalham e germinam com muita facilidade. O problema é que a braquiária pode se tornar um vilão para áreas de cerrado das unidades de conservação por competir duramente com as plantas nativas. Ela possui o efeito alelopático, isto é, secreta substâncias que inibem o crescimento de outras espécies, o que gera uma perda significativa de diversidade, principalmente dentre as plantas de pequeno porte.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Fingerboard. Treinando em casa.

O Finger Board, é um recurso muito utilizado para ganho força e resistência nos dedos e mãos. Os escaladores que buscam melhor desempenho utilizam esse recurso.
Um Finger board ocupa relativamente pouco espaço, bom para aqueles que não querem construir um muro de escalada em casa.
O treino no Finger Board pode ser feito ao final da escalada ou num dia especifico pra isso, numa freqüência de uma a três vezes por semana. A periodização do treinamento é muito importante, por isso o Finger deve entrar na fase de ganho da força ou resistência de forca dos dedos e das mãos. Nunca utilizar esse recurso na fase de treino de base (início dos treinamentos).
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
SLACK LINE. JOGANDO COM O EQUILÍBRIO.


Equipamento Básico: Fita tubular ou plana e alguns mosquetões.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
LANÇAMENTO DO LIVRO.

Lançamento do livro
"HISTÓRIA DO MONTANHISMO NO RIO DE JANEIRO", de Waldecy Mathias Lucena.
O livro aborda desde os PRIMÓRDIOS até a DÉCADA DE 1940, a Era da Consolidação deste esporte. A história se confunde com a história do montanhismo nacional, pois nessa época o montanhismo era praticado quase que exclusivamente no Rio de Janeiro. Trata-se de um livro onde se fala das técnicas e materiais empregados na escalada ao longo de sua evolução, fatos e curiosidades que marcaram o passado das ascensões a montanhas, mas principalmente de homens, verdadeiros heróis, alguns anônimos até aqui, outros esquecidos ao longo do tempo, todos revelados pelo autor e valorizados por seus feitos, que escreveram a história do montanhismo.O livro está em sua segunda edição e é a primeira publicação o Selo Montanhar . Tem muitas fotografias e trata-se do primeiro livro sobre o tema publicado no país e é, portanto, imperdível.O evento contará ainda com uma palestra do autor com exibição de fotos.Reservem uma graninha para comprarem o livro autografado pelo autor.
Data: 5/março/2009 Local: Sede do CEM às 20:00 Endereço: Av. Nossa Senhora do Carmo, 221 sala 224
FONTE: FEMEMG
História do Montanhismo no Rio de Janeiro – dos Primórdios aos Anos 1940 é o resultado de um trabalho de mais de dez anos de pesquisa, ao longo dos quais Waldecy Mathias Lucena organizou um acervo com centenas de boletins de diversos clubes excursionistas, alguns deles já extintos, um acervo iconográfico com mais de 2.000 fotos, além de documentos históricos diversos.De posse deste material, Waldecy decidiu realizar ele próprio uma promessa que ouviu ao longo de seus vinte anos de montanhismo: a publicação de um livro sobre a história deste esporte.Através das páginas deste livro, o leito se remete ao passado e pode participar de excursões pioneiras, contadas em seus relatos originais, presenciar feitos seminais e conhecer seus autores, estampados em belíssimas fotos. A história do montanhismo no Rio de Janeiro revela verdadeiros heróis, que galgaram nossas montanhas, desde as menos desafiadoras até aquelas que pareciam impossíveis de ser conquistadas.As razões precisas que impeliram estes homens e mulheres a tais façanhas são desconhecidas. Mas uma atitude comum permeia suas iniciativas: a reverência à natureza.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
MASTER DE BOULDER. SANTIAGO CHILE 2009
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS SOBRE AS ROCHAS.

Em diversos estados do Brasil, principalmente no nordeste, toda a área plana foi convertida também em pastos ou plantações, e muitas vertentes de montanhas são alcançadas pelas cabras e pelo fogo, de modo que a escassa vegetação original fica quase sempre restrita às paredes rochosas de difícil acesso[2]. Em um levantamento desse tipo de vegetação feito no maciço do Itatiaia, foram encontradas 114 espécies em apenas 800m2, que representam cerca de 25% do total de espécies do planalto[3],[4]. No incêndio de 2001, as manchas de vegetação sobre rocha não queimaram, o que mostra mais uma vez a importância das rochas como refúgio para muitas plantas.
A divulgação e crescente popularização dos esportes de aventura e ao ar livre vêm ameaçando as áreas naturais em geral, e também a vegetação sobre rocha, que tem aí seu maior fator de impacto[1],[5], pelo menos nas zonas temperadas. No Brasil, é freqüente também a retirada de plantas para o comércio ilegal, e são muitos os relatos de incêndios propositais nas paredes rochosas no nordeste e no Espírito Santo[6], bem de acordo com a piromania nacional.
O que as plantas sobre rocha têm de especial? As plantas encontradas nos paredões podem ser rupícolas, quando crescem diretamente sobre a rocha, ou saxícolas, quando se localizam em pequenos platôs ou fendas com solo. Nessas situações, a água que chega escoa rapidamente e os nutrientes são escassos. Por isso, as plantas crescem bem devagar, e muitas têm adaptações especiais para lidar com a escassez de água, como é o caso dos cactos e bromélias formadoras de tanques, que armazenam água, ou das orquídeas e bromélias do gênero Tillandsia, que conseguem captar rapidamente a umidade das nuvens, ou ainda as velózias (canelas-de-ema) e capins-ressurreição, que toleram a dessecação violenta das folhas com posterior re-hidratação das mesmas folhas. Algumas plantas são tão especializadas neste ambiente limitante que continuam crescendo devagar, mesmo se adubadas e irrigadas1. A bromélia Vriesea goniorachis, aquela espécie de folhas pontudas, comum nas faces norte dos morros do Rio de Janeiro, faz parte de um dos grupos mais especializados no hábito rupícola, ainda muito pouco estudado taxonomicamente (no que diz respeito à distinção entre as espécies e seus nomes), mas se sabe que cresce de forma extremamente lenta e resiste à adubação também[7].
Não é fácil se fixar na rocha. Imaginem quantas sementes se perdem por secura ou enxurrada para que uma se fixe e, finalmente, cresça. Basta observar uma via inacabada na face S do Pão de Açúcar, o Paredão Universal, para constatá-lo: ela começou a ser conquistada na década de 60, mas depois foi abandonada e até hoje não apresenta sinal claro de recuperação da vegetação luxuriante que cobre esta face úmida da montanha.
É muito difícil para uma semente conseguir viajar de uma montanha para outra e, além disso, chegar a germinar. Talvez por isso haja tantas plantas que são específicas de uma ou de poucas montanhas adjacentes. Plantas em diferentes montanhas, quando não trocam sementes ou pólens, vão se tornando cada vez mais diferentes até que formam espécies distintas, e assim surgem os muitos casos de endemismo restrito (espécies só encontradas em uma única montanha).
Depois que algumas espécies mais tolerantes se fixam, começa a haver a interceptação de partículas de rocha, de húmus e detritos de plantas, e assim surge um protossolo, em que vão crescer outras plantas, como algumas gesneriáceas, bromélias e aráceas. Em geral, há primeiro a entrada de liquens e musgos, que crescem extremamente devagar (alguns liquens crescem apenas 1mm por ano!). Essas plantinhas minúsculas vão decompondo a rocha química e fisicamente, e vão juntando um pouco de solo embaixo de si, e assim também ajudam as sementes das outras espécies a se fixar. Estas então germinam e começam a crescer de forma bastante lenta também. Algumas delas crescem prostradas na rocha, e formam algo parecido com um tapete, que ajudam ainda mais a fixar partículas de solo, e mais e mais espécies conseguem se estabelecer ali. No entanto, muitas vezes esses extensos tapetes estão precariamente presos na rocha, quase que apenas aderidos, e sua retirada, bastante fácil, interrompe um processo de décadas ou mesmo de séculos de duração.
Em resumo, podemos dizer que essas espécies crescem devagar, têm dificuldade de estabelecimento (germinação + fixação) e, portanto, ``investem'' na longevidade. Estas plantas são, no mais das vezes, muito velhas! Ruy Alves[8], pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, estimou a idade das canelas-de-ema do Pão de Açúcar, aquelas pequenas plantas de flores brancas (Vellozia candida) no caminho do Costão e Paredão São Bento, em cerca de 150 anos, e em cerca de 500 anos as canelas-de-ema gigantes da Serra do Cipó. Larson e colaboradores1, que são biólogos e também escaladores, do Canadá, mostram fotos de árvores encravadas em fendas das falésias de Niágara, totalmente depredadas por rapéis feitos em suas raízes e caules (além de podas de galhos para dar passagem cômoda), sendo que algumas tinham 1700 anos de idade e eram pequeninas como arbustos! Casos similares de árvores antigas podem ser possivelmente encontrados nas grotas e fendas das montanhas altas do Brasil, mas ainda não se têm dados sobre as mesmas.
Por que as montanhas têm plantas diferentes umas das outras? Muitos fatores determinam quais plantas podem ser encontradas em uma certa montanha. Além do acaso e das chances das sementes terem chegado lá, as plantas são afetadas pelo regime de luz, pela rugosidade da rocha (tamanho dos cristais da rocha e forma de fragmentação), presença de fendas e outras concavidades, composição química da rocha e outros detalhes do relevo, além da presença de dispersores e polinizadores. Plantas muito diferentes são encontradas sobre quartzito, granito ou arenito, por exemplo[9].
Também é bastante evidente o papel da insolação, da declividade e da umidade. No hemisfério sul, as paredes voltadas para o norte são as que recebem mais horas de sol e, nos trópicos, menos espécies conseguem crescer nestas faces, por conta do calor e da falta d´água. O contrário acontece nas regiões frias, onde mais espécies são encontradas nas faces que recebem mais sol. A declividade também define bastante quais espécies podem ser encontradas. Algumas delas só conseguem crescem em paredes verticais, enquanto outras dependem de um pouco de terra, e são mais comuns nas paredes menos inclinadas (as grandes bromélias, muitas canelas-de-ema). A umidade depende dos ventos, da insolação e da declividade da rocha, principalmente. Às vezes podem ser encontradas grandes diferenças em umidade em paredes próximas, como é o caso dos morros ao longo do litoral do Rio de Janeiro. As faces voltadas para o sul são geralmente atingidas por ventos vindos do mar, úmidos, e por conta disso, a vegetação nessas faces costuma ser luxuriante, com muitas espécies e grande densidade. Das 12 espécies de orquídeas existentes nas rochas do Pão de Açúcar, apenas duas ocorrem na vertente norte, enquanto as outras 10 habitam apenas as vertentes voltadas para o quadrante sul[10].
A vegetação sobre rocha do sudeste do Brasil e de outros países tropicais da América do Sul é extremamente diversa, e rica em endemismos[2]. Embora as rochas do oeste da África sejam por vezes muito similares às do Brasil, lá as mesmas espécies tendem a ser encontradas em longas distâncias, e muitos afloramentos rochosos compartilham aproximadamente os mesmos conjuntos de espécies. No Brasil, cada montanha ou conjunto de montanhas tem suas espécies particulares, principalmente de bromélias, orquídeas, samambaias e canelas-de-ema.
A fragilidade da vegetaçãoEssa vegetação sobreviveu relativamente bem até hoje, mas na verdade é extremamente frágil. A fragilidade tem dois componentes importantes: a facilidade para remover a vegetação (resistência) e o tempo que ela leva para se recuperar (resiliência)[11]. Para retirar a vegetação sobre rocha não são necessárias nem grandes ferramentas, nem tratores, nem fogo, como em uma floresta. Basta a habilidade de subir (ou descer...) na rocha e a força de algumas pessoas, ou mesmo a passagem freqüente de cordas para causar um grande estrago. Já o tempo para a vegetação se reconstituir por meios naturais ainda não foi estimado, mas é certamente muito longo. Em locais com muitas fendas a vegetação pode voltar ao que era antes em menos de 100 anos[12], mas em superfícies lisas os processos são mais lentos. Esses tempos não foram medidos ainda justamente por estarem além da duração das nossas vidas, e pelo fato dessa vegetação muitas vezes ter sido vista com baixo interesse.
A recuperação destas áreas é impressionantemente difícil e lenta, e no caso de se querer apressá-la, muito cara. O que é destruído agora tem de ser considerado como perda total, a não ser que sejam implementados programas intensivos de recuperação.
A velocidade com que novas vias vêm sendo estabelecidas ameaça a estabilidade da vegetação e mesmo a existência de muitas espécies, e é preciso lutar por normas de conduta que minimizem o impacto em vias novas ou já criadas, ao mesmo tempo em que se tenta determinar um patamar máximo de retirada de vegetação das paredes.
Infelizmente, com os dados de que dispomos hoje, que são poucos, não é possível estabelecer limites de uso com muita objetividade. Os trabalhos de Rogério de Oliveira[13] foram os únicos no Brasil a fazerem uma amostragem sistemática das plantas sobre rocha também nas faces mais íngremes. Em geral, as coletas botânicas e os estudos ecológicos feitos com estas plantas se restringem às partes das montanhas que são alcançadas a pé com facilidade por um leigo em escaladas. Por esta razão, estima-se que quase todos os conjuntos de morros e montanhas no sudeste do Brasil têm espécies novas ainda por descobrir e descrever.
É mais fácil destruir e não se importar com plantas que parecem um simples mato. E o que é o mato? Pra maior parte das pessoas, é aquilo que vive em qualquer lugar, que cresce em abundância, que ``dá como mato''. Decididamente este não é o caso das plantas sobre rocha, muitas delas assim tão pequenas e na verdade mais velhas que nossas bisavós, e que conhecemos tão pouco. É responsabilidade de todos nós poupar e ensinar os outros a proteger essa vegetação da nossa sempre crescente velocidade.
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Referências[1] Larson, D.W., Matthes, U. & Kelly, P.E. (2000) Cliff Ecology. Pattern and Process in Cliff Ecosystems. Cambridge Studies in Ecology. Cambridge University Press, Cambridge. 340p.
[2] Porembski, S., Martinelli, G., Ohlemuller, R. e Barthlott, W. (1998) Diversity and ecology of saxicolousvegetation mats on inselbergs in brazilian Atlantic forest. Diversity and Distributions, 4, 107-119.
[3] Ribeiro, K.T., Medina. B.O. e Scarano, F.R. (2001) Rupicolous vegetation of the Itatiaia Plateau: Floristic composition, endemism and its relationship with the Atlantic Forest, Journal of Biogeography.
[4] Martinelli, G. & Vaz, M.S. (1988) Padrões fitogeográficos em Bromeliaceae dos campos de altitude da floresta pluvial costeira do Brasil, no estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia, 64/66, 3-10.
[5] Nuzzo, V.A. (1996) Structure of cliff vegetation on exposed cliffs and the effect of rock climbing. Canadian Journal of Botany, 74, 607-617.
[6] Relatos de André Ilha, Kate Benedict e Pedro Nahoum
[7] Informação de Pedro Nahoum.
[8] Alves, R.J.V. (1994) Morphological age determination and longevity in some Vellozia populations in Brazil. Folia Geobotanica Phytotaxa Praha, 29, 55-59.
[9] Porembski, S., Barthlott, W., Dörrstock, S. & Biedinger, N. (1994) Vegetation of rock outcrops in Guinea: granite inselbergs, sandstone table mountains and ferricretes - remarks on species numbers and endemism. Flora, 189, 315-326.
[10] Miranda, F.E.L. e Oliveira, R.O. (1983). Orquídeas rupícolas do Morro do Pão de Açúcar, Rio de Janeiro. Atas da Sociedade Botânica do Brasil, 18, 99-106.
[11] Begon, M., Harper, J.L. e Townsend, C.R. (1996) Ecology, 3rd edn, Blackwell Science Ltd, Oxford.
[12] Ursic, K., Kenkel, N.C. e Larson, D.W. (1997) Revegetation dynamics of cliff faces in abandoned limestone quarries. Journal of Applied Ecology, 34, 289-303.
[13] Carauta, J.P.P. e Oliveira, R.R. (1984) Plantas vasculares dos morros da Urca, Pão de Açúcar e Cara de Cão. Rodriguésia, 36, 13-24.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
MOSQUETÕES. Conhecendo um pouco sobre eles.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
1ª Etapa do Mineiro de Escalada.
CÓDIGO BRASILEIRO DE ÉTICA DE ESCALADA.

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