sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

MOSQUETÕES. Conhecendo um pouco sobre eles.


É a peça mais utilizada em quantidade e variedade de modelos em atividades como o Alpinismo, escalada, espeleologia, canyoning, pois é utilizado para unir os mais diversos materiais e equipamentos de segurança.

O desenvolvimento do esporte nos últimos anos fez com que surgissem diferetens fabricantes com inúmeros modelos. Quando se pretende adquirir um equipamento a questão fundamental é: QUAL O USO QUE PRETENDE FAZER DELES? e para que cada um dos equipamentos foram projetados. E não. Qual deles é o mais bonito? ou Qual falta na minha coleção?

Mosquetão com rosca

Para operações de maior risco - segurança e rapel - um mosquetão de rosca é essencial. Muito simples, porque com rosca o mosquetão não abrirá inesperadamente. Um tubinho é rosqueado por cima da abertura do mosquetão impedindo que este se abra. Um mosquetão de rosca pode parecer mais robusto mas não é mais resistente que um simples. Ele simplesmente fica fechado com mais segurança. Lembre-se que ele somente é um mosquetão de rosca se você lembrar de rosqueá-lo.

Mosquetão sem rosca

O formato original do mosquetão é o oval. Uma vantagem é a simples construção levando a um custo menor. O formato "D" é mais forte. olhe como ele sustenta a força: o peso é aplicado dentro do "osso" do mosquetão, fazendo com que o peso exerça força numa linha reta com a parte mais forte do corpo. Examine como o oval sustenta a força: a força tenta desentortar o mosquetão, porque o peso não está alinhado com a parte mais forte. (Pense como você quebraria um espeto. Você tentaria entortar até que ele quebrá-se? Ou tentaria puxar no sentido mais comprido?)

OVAL é o mais utilizado em grandes paredes, para acondicionar equipamentos, fixar cordas, quando utilizados em ancoragens e auto seguros é sempre o uso de dois invertidos entre si.

D SIMÉTRICO um pouco mais leve e mais forte, devido ao sentido da alavanca aplicada ao longo do eixo principal.

D ASSIMÉTRICO mesma resistência do D clássico, com vantagem de uma maior abertura do gatilho, sendo mais fácil de clipar a corda.


D ASSIMÉTRICO COM GATILHO CURVO usado normalmente na extremidade da costura, por onde se passa a corda, pois seu gatilho curvo facilita a passagem da mesma durante uma escalada.

HMS Pera c/rosca pelo seu formato pera e grande abertura é perfeito para ser usado com o nó "volta do fiel" e também com o nó de segurança dinâmica UIAA, tanto para a segurança do escalador quanto para um rapel de emergência.

MOSQUETÕES DE AÇO a linha de mosquetões de aço foi desenvolvida para atender as necessidades específicas das áreas Profissional e de Resgate.

Recomendações gerais:
Mantenha seus mosquetões limpos e sem arestas que possam danificar a corda. Para remover esta aresta use lixa grana 220-400, se isto não adiantar, destrua o mosquetão. Não guarde mosquetões danificados, você poderá usa-lo por engano e sofrer algum acidente durante a escalada. Sempre limpe e lubrifique os mosquetões após o contato com água salgada ou maresia. Limpeza:
Limpe o gatilho na região articulada, soprando o pó e a sujeira. Se uma limpeza adicional for requerida, lave o gatilho em água quente com detergente neutro. Enxágüe bem e lubrifique a articulação com pó de grafite ou WD-40. Retire o excesso de lubrificante. Obs: O uso do pó de grafite ou outro lubrificante seco, conserva a limpeza por mais tempo impedindo o acumulo de sujeira. Conservação:Mantenha todos os mosquetões longe de umidade ou maresia, equipamentos ou roupas úmidas e também agentes químicos.


Inspeção:
Cheque seus mosquetões regularmente e verifique rachaduras e corrosão. Tenha certeza de que o gatilho abre e fecha apropriadamente. Se o gatilho não funciona apropriadamente , ou está torto, separe o mosquetão. Mosquetões que sofreram grandes quedas também devem ser rejeitados.

Alguns Cuidados
Apesar de o mosquetão ser muito resistente, deve-se ter um cuidado muito grande com ele. Nunca deixe um mosquetão na areia, pois ele pode ficar difícil de abrir. Outro cuidado, e talvez o mais importante que deve-se tomar, é de não deixá-lo cair no chão. Se o seu mosquetão, ou o oito, cairem de uma altura de mais de 2 mts no chão, é aconselhavel que você aposente-os. Acontece que, ao cair, pode surgir microfissuras em sua estutura, tornando-o perigoso. Então, não hesite em aposentá-lo. Afinal, a sua vida está em jogo, e creio que ela não vale poucos reais, o preço de um simples mosquetão.

Meu mosquetão sofreu uma queda, posso continuar utilizando?
É difícil estabelecer se uma queda gerou algum dano estrutural no mosquetão. Para comprovar sus resistência, seria necessário um ensaio destrutivo - o que não serviria de nada! - ou um ensaio semelhante a um raio X para a identificação de micro fissuras, porém o custo superaria o valor do mosquetão. Quando o seu mosquetão sofrer uma pequena queda, faça uma inspeção minunciosa a procura de alguma marca profunda gerada pela queda, se for uma grande queda em uma superfície rígida, descarte-o. O mais importante é que se utilize o bom senso. Quando estamos lidando com a nossa segurança não pode existir dúvida. Se não existir plena confiança no seu mosquetão, é melhor que o utilize em outra função, como içamento de carga, por exemplo.

Qual a vida útil dos meus mosquetões?
Vida útil é tempo que o equipamento leva para perder suas características mecânicas sem desgaste, ou seja, sem uso. Não existe nenhum estudo científico conhecido sobre a vida útil do Al 7075 utilizados nos mosquetões, porém já tivemos casos de mosquetões com mais de 10 anos de uso que mantinham suas características e romperam acima da carga estimada.

Quando devo retirar meus mosquetões de uso?
Novamente o bom senso é o melhor parâmetro, mas alguns casos que os mosquetões deverão ser descartado são:

Mola do gatílio quebrada;
Grandes quedas (vide primeira questão)
Desgaste por corda;
Desgaste por chapeleta.


Como eu limpo e lubrifico meus mosquetões e polias?
Primeiro, limpe o mosquetão com um pano úmido a água para remover o excesso de partículas e outros corpos. Após totalmente limpo, seque com um pano e lubrifique os eixos ou molas com um óleo de máquina monoviscoso e de baixa viscosidade. Durante a aplicação do óleo mexa o gatilho ou gire as polias para que haja uma melhor penetração do produto e após a aplicação remova todo o excesso de óleo para evitar o contato com os equipamentos têxteis.


Fonte: Kailash,Apostila do curso PAARE Marumby Montanhismo.

Um comentário:

  1. queria saber mais sob qual a diferença em aço e aluminio e qual o melhor?

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